A Justiça do Trabalho passará a notificar a Advocacia-Geral da União (AGU) sempre que uma empresa for responsabilizada por um acidente de trabalho. Essa mudança resulta de um acordo de cooperação firmado entre a Justiça do Trabalho, a AGU e a Procuradoria-Geral Federal (PGF) e pode trazer impactos financeiros e operacionais significativos para as empresas.
Com essa medida, as empresas responsabilizadas poderão ainda mais ser obrigadas a reembolsar o INSS pelos custos com benefícios acidentários pagos aos trabalhadores afastados.
Entre 2012 e 2022, o INSS desembolsou R$ 136,7 bilhões com esses benefícios, e esse valor já ultrapassa R$ 163 bilhões atualmente. A nova medida permite que as empresas sejam cobradas diretamente pelo ressarcimento desses valores, caso a culpa pelo acidente seja comprovada.
Principais impactos para as empresas:
· Responsabilidade financeira: empresas ficam sujeitas a reembolsar o INSS, o que pode gerar custos elevados e inesperados.
· Aumento de despesas operacionais: além do reembolso, as empresas podem enfrentar custos com processos judiciais, multas e encargos adicionais.
· Danos à reputação: casos de acidentes e doenças ocupacionais podem afetar negativamente a imagem da empresa, comprometendo a relação com clientes, fornecedores e colaboradores.
· Necessidade de adaptação: investir na segurança do trabalho será essencial para minimizar riscos e evitar prejuízos.
Empresas que adotarem medidas preventivas e investirem na segurança de seus colaboradores estarão mais protegidas financeiramente e contribuirão para a construção de ambientes de trabalho mais seguros e produtivos.
Sua empresa acompanha os afastamentos de seus empregados?
A equipe de Direito Trabalhista do Simões Ribeiro Advogados permanece atenta às atualizações da área e está à disposição para esclarecer dúvidas sobre o tema.